Nem sempre o vencedor é o
que ganha! Difícil entender essa linha de pensamento né?
Uma lógica sem lógica, e por
isso, estranha e completamente sem nexo para a humanidade competitiva e autodestrutiva.
Ganhar de alguém é fácil!
Treine como ninguém; se esforce bem mais do que os outros; abra mão de festas e
baladas; se concentre para cada prova; busque bons patrocínios; se prepare para
cada novo desafio; e tenha em mente sempre a vitória.
Agora eu quero ver quem consegue
perder sabendo que pode ganhar, e mais, quem é bom o suficiente para ganhar de
si mesmo! (dos seus próprios desejos e anseios)
O Apóstolo Paulo, que foi o maior
missionário da era cristã, disse:
Pois
o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu
continuo fazendo. (Romanos 7.19)
O pecado alterou a nossa
natureza, de tal maneira que somos como que escravos de nós mesmos e das nossas
vontades egoístas.
Quando nos deparamos com nós
mesmos, como Paulo, percebemos o quanto somos maus! Vivemos um tipo de uma
liberdade assistida! Estamos livres, mas somos detentos. Quer ver uma boa prova
disso? Pense... Quantas vezes você arquitetou o bem e realizou o mal?
Há pouco falava com um amigo
sobre liberdade. (do tipo que cantamos: Eu sou Livre... )
Afinal, do que, ou de quem,
somos livres?
Se a nossa liberdade cristã
se resume em ser livre pra correr, pular, gritar, ou dançar, nos vem a mente uma
pergunta: Qual é a diferença da nossa liberdade para a “do mundo”?
(aparentemente nenhuma, pois, pular, correr, gritar, (..) os “não cristãos” também
fazem)
Pensando sobre a liberdade,
acredito que o evangelho nos traz a proposta exata sobre este tema.
Jesus diz:
E
conhecerão a verdade, e a verdade os libertará. Eles lhe responderam:
‘Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como você pode
dizer que seremos livres?´ Jesus respondeu: ‘ Digo-lhes a verdade: Todo aquele
que vive pecando é escravo do pecado. O escravo não tem lugar permanente
na família, mas o filho pertence a ela para sempre. Portanto, se o Filho os
libertas, vocês de fato serão livres.
(João 8.32-36)
Para Jesus, a nossa
liberdade está ligada ao fato de sermos livres/libertados de nós mesmos, e do
pecado que habita em nós. Ele explica que essa liberdade só pode ser alcançada pela
fé Nele e em seu sacrifício, mas Ele também mostra, em sua própria vida, as
implicações de uma vida livre.
Ao que parece, Jesus está querendo
formar uma comunidade de “libertados”, ou seja, pessoas que são tão livres de
si e do pecado, que estão dispostas a amar e a se doar de uma forma que o mundo
não conhece.
Eu não sei se o Igor é
cristão, mas a sua ação é de alguém livre. (por isso ficamos tão espantados com
um ato tão simples) A liberdade de alguns constrange o mundo, pois vai de encontro
com os seus principais valores e ideais.
Qualquer pessoa em sã
consciência ganharia a prova, e ainda diria: Ele perdeu porque foi tonto,
desatento, e prepotente! (com direito a hashtag
- #EleMereceuPerder #FoiBurro #Idiota #VêSeAprende #NuncaMaisBrincaNumaDessa
#EsseChorou)
Eu não acho que o Igor merecia
ganhar. Ele ficou atrás a prova inteira, no entanto, o critério de vitória da prova
aponta como vencedor aquele que chega primeiro, e não o que permanece mais
tempo na liderança. Sendo assim, a vitória seria justa, mas não merecida.
Uma mente livre age em favor da justiça, e é capaz de se alegrar ganhando a derrota.
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Uma mente livre age em favor da justiça, e é capaz de se alegrar ganhando a derrota.
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Nem sempre o vencedor é o
que ganha! Difícil entender essa linha de pensamento né?
Daniel M. Coelho