Geralmente quando falamos de
segurança, logo nos vem à mente uma “tranquilidade” no amanhã, que na verdade
sempre está ligada ao que nós temos programado para o furuto. Nesse sentido,
segurança está firmemente entrelaçada ao que temos de nós, para nós mesmo.
Por exemplo, sentimo-nos
seguros quando dormimos sabendo que temos muito mais do que o suficiente. Observe,
e se necessário discorde de mim, mas o suficiente deveria ser tão somente o que
eu preciso hoje, mas se transformou no que eu precisarei amanhã.
Assim, o suficiente é pouco,
ou quase nada!
Esse é um pecado um tanto
quanto antigo. Relembre a caminhada do povo de Israel, e perceba que algumas
pessoas tiveram a capacidade desobediente de guardar o maná enviado pelo próprio
Deus.
“Disse-lhe Moisés: Ninguém
deixe do maná para a manhã seguinte. Eles, porém, não deram ouvidos a Moisés, e
alguns deixaram do maná para a manhã seguinte; porém deu bichos e cheirava mal”.
(Êxodo 16.19-20)
Isso mostra que o amanhã
sempre transmitiu insegurança. E nessa perspectiva, a nossa segurança se
esforça em repousar na aparente tranquilidade que nós mesmos construímos.
Esse medo dos antigos, é também
um medo dos discípulos de Jesus.
Ao analisar as palavras de
Jesus, vamos perceber o quanto Ele se esforçou em ensinar sobre este tema aos seus
discípulos. E nesses ensinamentos Ele trraz de volta o caráter da segurança.
Ele diz: “Nada leveis para o
caminho: nem bordão, nem alforje, nem pão, nem dinheiro; nem deveis ter duas
túnicas”. (Lucas 9.3)
E ainda: “ A seara é grande,
mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que manda
trabalhadores para a sua seara. Ide! Eis que vos envio como cordeiros para o
meio de lobos. Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias; e a ninguém
saudeis pelo caminho”. (Lucas 10.3-5)
Ou: “Não andeis, pois, a
indagar o que haveis de comer ou beber e não vos entregueis as inquietações. Porque
os gentios de todo o mundo é que procuram estas coisas; mas o vosso Pai sabe
que necessitas delas”. (Lucas 12.31-32)
Difícil entender esta
inversão, pois como alguém pode viver seguro sem bolsa, sem pão, sem dinheiro,
e até mesmo sem uma troca de roupa?
Me parece que para Jesus, segurança
é não ter absolutamente NADA que nos garanta o amanhã!
Para Ele, andar tranquilo é
não saber o que nos sobrevirá no amanhã! E estar sossegado, é, não ter, sem duvidar
que nada nos faltará!
Sendo assim, estar seguro é desfrutar
da benção de confiar na provisão diária de Deus. E a segurança transita no
ambiente do contraste entre a aparente
incerteza humana, estabilizada na certeza de Deus.
Daniel M. Coelho