No
sábado, 24/08, tive a oportunidade de participar do 1º Congresso do UMADCLI,
com o tema REFORMADORES EM UM NOVO TEMPO. Foi um evento organizado pelas
igrejas da Assembleia de Deus de Limeira-SP. Havia aproximadamente uns 400
jovens naquela chácara e ali passamos o dia.
O
JVnaEstrada participou conduzindo a recreação e também apresentando um peça de
palhaço chamada “Os Quatros Reis”!
Quando
cheguei fiquei um pouco “recioso”, seila, é difícil de explicar...
A
maioria dos jovens estavam muito bem arrumados! (alguns até de terno) Pensei
durante alguns minutos que eles não participariam das atividades que tínhamos
preparado. (Ginastiquinha e brincadeira de roda)
O
culto começou, a banda tocou, o pastor pregou, e depois de um pequeno
intervalo, nós (Eu, Guto e Saito) entraríamos com as atividades.
Atrás
do palco, a dúvida permanecia, e eu, como líder da equipe, não queria deixar
isso transparecer aos meus amigos. Eles estavam muito mais animados do que eu,
e por isso, eu tentava me convencer de que tudo daria certo. (mas ainda pensava
que seria uma “vergonha alheia”)
O
organizador, com o microfone na mão, começou a chamar os jovens para dentro do
salão, dizendo: “Ai galera, vamos entrar que agora vai rolar o JVnaEstrada”. A
galera foi entrando, e depois de uns 3 ou 4 minutos eles começaram a gritar:
“JV, JV, JV, ....”. Minhas dúvidas acabaram ali! Naquele momento eu tomei um
“choque de animo/energia”, e entrei naquele palco como poucas vezes na minha
vida. O Saito puxou a primeira música, o Guto a segunda, e aquela galera não
parava de gritar e pular.
Depois
das ginastiquinhas, fizemos uma grande roda e cantamos por mais de uma hora o “Aratata e o Ploc”. Foi ANIMAL, e com certeza me faltam palavras para descrever
tudo o que aconteceu ali.
-
Por
que estou relatando tudo isso?
Pelo
“simples” fato de estarmos vivendo um novo momento na Igreja Evangélica Brasileira.
Apesar dos grandes absurdos que vemos e ouvimos no mundo “gospel”, ali tive a certeza de que Deus está movendo a nossa
juventude, nos direcionando a cinco aspectos, que considero, importantes para
um avivamento no Brasil:
1-
A busca intensa por conhecer cada vez mais a
Deus. (quem Ele é, e o que faz)
2-
A ousadia de quebrar alguns paradigmas que a
religiosidade nos impôs.
3-
A coragem de questionar o que é realmente
bíblico e o que é invenção humana.
4-
A luta por erguer a bandeira do amor, a fim
de alcançar os menos favorecidos.
5-
A garra por ver uma aproximação entre as
denominações, fazendo-se possível, no mínimo, o diálogo e o amor entre elas.
Talvez
você não veja isso, por vários motivos. Pode ser pela razão de não visitar
outras denominações há anos, e ou ainda por ter a ideia de que a sua
denominação está certa, e as outras erradas. Por isso, ao invés
de tentar unir, você prefere separar.
Nós
estamos cansados de brigar entre nós mesmos! Há maior incoerência no
“evangelho” do que esta? Igrejas que servem ao mesmo Deus, brigando entre si!
Igrejas que publicam diariamente artigos ferindo os irmãos de outras
denominações! Quando é que seremos bem vistos pela sociedade, se continuarmos
nos devorando?
Conheço
um pastor que se passa por puritano, mas fica o dia inteiro caçando alguns
escândalos no meio evangélico para criticar! (será que ele não percebe que essa
é a maior evidência que ele está mal no ministério, pois para tapar as suas
falhas, critica o outro, afim de que suas próprias ovelhas não vejam seus erros)
Somos
a geração que se levanta para amar o desprezado, mas primeiramente para nos
amar e nos respeitar! (Gal 6.10 – Portanto,
enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da
família da fé).
As
diferenças teológicas vão sempre existir, e elas são boas, porque podem nos
levar ao crescimento espiritual!
Eu não
sou do tipo “desigrejado”, sou presbiteriano e não escondo isso de ninguém.
Tenho tentado voltar sempre ao lema da Reforma, “UMA IGREJA REFORMADA, SEMPRE
REFORMANDO”. Tenho minhas convicções teológicas, e no debate teológico com
certeza terei alguns pensamentos totalmente diferentes dos irmãos pentecostais
e neopentecostais, mais isso vai me impedir de amá-los, e de estar em comunhão
com eles? Não!
Só
este ano, pela graça de Deus, tive o privilégio de pregar em igrejas de
tradições bem diferentes: Assembleia de Deus, Batista, Brasil para Cristo, Presbiteriana,
Quadrangular, entre outras... E nesses encontros tenho tentado dizer que:
- Está na hora de lutar a
favor das coisas que nos unem!
- As convicções teológicas
tendem a nos separar, mas a cruz é a chancela que nos uni.
- As divergências devem ser
o maior motivo para estabelecermos um diálogo sadio, pois estaremos sempre
abertos a aprender uns com os outros.
- A Bíblia deve reger a
nossa vida e os nossos cultos, de tal maneira que tudo o que não procede dela,
deve ser retirado de dentro das nossas comunidades.
É um
grande prazer participar desse movimento de Deus no Brasil! E que Ele nos
abençoe.
Daniel M. Coelho